Em Missão Velha, no Ceará, a UPPV (União Popular pela Vida) realizou uma mobilização da comunidade por uma infância sem racismo, como participação na SAM 2011. Foram feitas oficinas em grupos de 15 a 20 pessoas, para debates sobre o tema. Houve também uma palestra e reflexões através da história "A bonequinha negra". Também foi visto o filme "Kiriku" e foi feita uma roda de conversa sobre Gênero, Etnia e Raça, com a produção de um livro coletivo sobre a obra. Participaram no total 126 pessoas.
Kiriku et la sorcière
No Filme, Kiriku é um menino que já falava quando ainda estava na barriga da mãe. Na verdade, foi ele quem escolheu seu próprio nome logo que nasceu. Ele está destinado a libertar uma vila africana de uma feiticeira chamada Karaba, que secou as fontes de água e seqüestra os homens do local. Kiriku vai até o sábio da montanha, conhecedor do segredo de Karaba, e em seguida parte para enfrentar a feiticeira.
Essa história faz parte do folclore africano e fala da determinação na luta pela liberdade. Kiriku nasce para ser livre, tanto que quando ainda está na barriga da mãe ele diz: "Mãe, dê a luz a mim!" Segundo o diretor e roteirista, Michel Ocelto, foi também um grande oportunidade para mostrar o povo africano e alguns de seus valores. O roteiro foge do óbvio, ao contrário do que acontece em outras produções do gênero. E conta ainda com boa trilha sonora e personagens cativantes.
A UPPV também realizou, através do Ponto de Leitura Biblioteca Caminhante, o "Dia D da leitura", com a mobilização de crianças e adolescentes em prol da leitura. Eles assistiram a vídeos sobre a temática e tiveram momentos de contatos com livros, revistas e outros materiais educativos. Além disso, houve uma apresentação da peça "O Rapto da leitura", encenada pelos adolescentes da entidade. As escolas de ensino undamental Juvenal Rodrigues Brandão, Joaquim Gonçalves Ribeiro e Jean Piaget participaram do evento.