O que defendemos em 2020

O que é a barbárie na educação?

“Selvageria” e “brutalidade”, se fomos buscá-las nos dicionários, são palavras relacionadas à “barbárie”. São termos ligados à agressão, à violência. Pelo menos no discurso político, essa violência corresponde ao discurso predador da educação feito pelo governo Bolsonaro, que tem como combustível o ódio.

Na educação, a barbárie é: a militarização das escolas; os ataques contra a liberdade de ensinar; o racismo; a violência contra  a diversidade; o desprezo à ciência e ao conhecimento. Devemos nos preocupar também com a “barbárie gerencial” - termo cunhado por Cássio - que é sustentada por organizações empresariais e bancárias usando discursos supostamente técnicos com a intenção de deslegitimar quem faz educação e forçar soluções que vêm de um único lugar: os interesses produtivistas da economia.

Os dois tipos de barbárie têm o mesmo efeito: a dissolução do direito à educação pública, gratuita, de qualidade, inclusiva, livre e laica, conforme prevista na Constituição Federal de 1988.

Identificando os sintomas...

Mas, atenção, também temos que identificar onde estão os sintomas da barbárie, pois ela impacta ações do nosso dia a dia. Exemplos: se existe o medo e a incerteza de um colega em deixar os estudos, por necessitar dedicar todo seu tempo para trabalhar para sua subsistência e de sua família; se há a frustração e o desânimo que paralisa mudanças na escola; ou se testemunhamos crianças perdendo o prazer de aprender porque não vêem razão em ler livros.

Se situações como essa acontecem é porque a barbárie está presente ao nosso redor. Significa que o direito à educação está ameaçado. E que precisamos lutar por ele. Esperamos que as seguintes páginas sirvam para esse propósito!

Vamos juntos desbarbarizar a educação!

Talvez o terreno pareça de terra arrasada, mas não é. Existem milhões de pessoas que, dia após dia, fazem com que o que defendemos aqui se concretize - mesmo que seja na sua cidade, com a sua escola, com poucos/as alunos/as. Educadores, estudantes, pais, ativistas do direito à educação já resistem à barbárie e atuam por uma educação pública que seja gratuita, livre, de qualidade, inclusiva e laica - que seja de fato para todos.

Quem conhece a vida de professoras e professores sabe que as flores já existem. Precisamos nos unir para florescer cada vez mais em muitos cantos do país!

Por isso, não devemos esmorecer!

1. Organize um momento para conversar na sua escola sobre os temas deste manual, o plano de educação do seu município e seus impactos no Projeto Político Pedagógico da escola. 

2. Ocupe os fóruns de educação, as assembleias legislativas, as câmaras de vereadores com as suas reivindicações. Assim, existe a chance de transformar os debates em propostas sistematizadas que, por sua vez, vão articular ações políticas - que nascem da participação de muita gente, inclusive a da sua escola.

3. Poste nas redes sociais as atividades que fizer, reflexões, chame mais gente para o debate! Use as hashtags

#SAM2020 #FundebPraValer! #EducaçãoContraABarbarie

Quer saber mais como agir? Acesse o portal De Olho nos Planos e acesse materiais e vídeos que mostram como o monitoramento e a autoavaliação participativa podem transformar a gestão educacional e também nossa educação.
 

Façamos muito barulho e desbarbarizemos, juntos, a educação!

Hora de agir!